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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Astrologia pode, criacionismo não

A julgar pela capa da Veja desta semana, a revista já escolheu seu candidato... Mas, como ainda não escolhi o meu (e está difícil), não vou falar disso. Quero destacar, porém, um detalhe que, creio, passará praticamente despercebido da imprensa em geral: José Serra costuma ler horóscopo e considera a astrologia “uma espécie de ciência”. Conforme demonstrei em outro artigo (confira aqui), a astrologia não é científica e é infinitamente menos racional do que um modelo teológico-científico que acusam de ser irracional: o criacionismo. E aí é que está a incoerência e imparcialidade de certos setores da mídia. Garanto que nenhum repórter colocará as credenciais do presidenciável em cheque pelo fato de ele gostar de consultar os astros, no entanto, quando a candidata Marina Silva (ministra, na época) se disse criacionista, isso bastou para ser duramente criticada na imprensa, tanto que ela vem tentando se justificar e descolar seu nome dos “infames” criacionistas. Portanto, neopaganismo e pseudociência não têm problema. Criacionismo tem. Vai entender...[MB]


Blog: Criacionista

O Globo deixa claro preconceito contra IURD

A Rede Record exibiu neste domingo (25/04) uma reportagem em que critica o tratamento dado pelo O Globo a um evento religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). O Dia D, como é chamada a festa, reuniu mais de oito milhões de pessoas em todo o Brasil. O evento foi retratado pelo jornal carioca como um "caos" para o Rio de Janeiro. A reportagem da Record questionou o destaque negativo dado ao encontro religioso na manchete “Caos no Rio de novo surpreende autoridades”. “A foto ocupava meia página e não mostrava o evento, só ônibus estacionados. E comparava uma festa religiosa com a tragédia que provocou a morte de mais de 250 pessoas no começo desse mês”, critica a emissora. Na página interna, o jornal fez um trocadilho com o nome da igreja: ”Caos universal e autorizado”. De acordo com um cientista político entrevistado pela Record, a crítica do jornal à Iurd foi clara.
No dia seguinte, O Globo publicou outra matéria sobre o evento. “Inquérito apura responsável por caos durante megaculto”, com algumas fotos de montanhas de lixo deixadas pelos fiéis. “O jornal não mostra que voluntários do evento recolheram o lixo”, rebateu a Record, que ainda acusa o veículo de ter “manipulado a imagem”.
A emissora ainda acusa O Globo de ter ridicularizado a festa. Uma frase em destaque zombava: "O evento era da igreja, mas a visão era do inferno". Algumas frases como essas partiram dos leitores e entrevistados pelo veículo.
Para finalizar a reportagem, a Record disse que o jornal não deu espaço para os fiéis ou organizadores do evento. “Outro detalhe revela o preconceito: os fiéis e os organizadores do evento não aparecem nas páginas do O Globo, o jornal não quis ouvi-los”, afirmou.
A emissora questionou e comparou o tratamento dado, por um jornal do grupo Infoglobo, a um evento católico [do Padre Marcelo Rossi] ocorrido em São Paulo há dois anos. “Mas por que o tratamento não foi igual na cerimônia da enseada de Botafogo? Qual a explicação para tanto preconceito religioso?”, questiona a emissora.
Na última semana, o bispo da Universal, Clodomir Santos, já havia respondido ao jornal, afirmando que o tratamento dado ao evento era "uma maldade" e "falta de respeito", ao comparar a festa ao caos das chuvas no Rio.

Nota Criacionista: Para a Globo, Parada Gay, Carnaval, Círio de Nazaré e outros eventos (religiosos ou não) igualmente "caóticos" são tema de reportagens positivas. Para a Globo, fazer apologia do homossexualismo, do adultério e do espiritismo em novelas, tudo bem. Mas, quando se trata da Igreja Universal, mesmo quando não há acusações ou suspeitas que rendam pautas genuinamente investigativas, a empresa dos Marinho não perde a chance de "alfinetar" e deixar claro seu preconceito contra a igreja e sua preocupação com a concorrência da Record. Essa série de matérias de O Globo é prova disso. Os telespectadores e leitores merecem bom jornalismo. A concessão de uma emissora é pública. Até quando a população ficará assistindo a essa briga feia? Não tenho nada com isso e, como cidadão, exijo mais respeito.[MB]
Fonte: Blog Criacionista